domingo, 15 de junho de 2008

Uso de cobaias na ciência.

A utilização de animais em laboratório para pesquisas está longe de terminar. Seja pela falta de alternativas viáveis, apontada pelos defensores da prática, ou por uma falta de vontade, como alegam os opositores, os bichos ainda são necessários para o desenvolvimento do conhecimento e para testar produtos a serem utilizados por humanos.
Não há dados sobre o número de animais utilizados em estudos no Brasil. Nos Estados Unidos, em que a produção científica é mais intensa, de 17 milhões a 23 milhões de cobaias são utilizadas todos os anos, conforme dados do governo norte-americano.
Nos países da UE (União Européia), esse número fica em torno de 10 milhões anuais.
A maioria desses animais são camundongos, ratos, coelhos. Os porquinhos-da-índia também são bastante utilizados, tanto que a palavra cobaia é sinônimo desta espécie.
Esses animais são empregados tanto em pesquisas científicas e no ensino de universidades, quanto em testes de produtos, como cosméticos e remédios.
Mesmo na comunidade científica, há quem seja contra a prática. É o caso da médica cardiologista Odete Magalhães, professora da Faculdade de Medicina do ABC, na Grande São Paulo.
Segundo ela, grande parte das pesquisas é realizada para massagear o ego de cientistas, que precisam "aparecer" com novas descobertas, ou as necessidades dos grandes laboratórios. O bem estar da população, e dos animais, ficaria em segundo plano.
"As pesquisas andam por um caminho próprio, que muitas vezes não está relacionado às necessidades da população. É apenas conhecimento pelo conhecimento", diz a professora. Ela complementa: "Não é ético matar um ser vivo em benefício de outra população. Não fazemos isso com nossos próprios pares, os humanos".
Entretanto, grande parte dos cientistas reafirma a importância desse tipo de experiência para o desenvolvimento de métodos de cura para o homem.
É extremamente necessário estabelecer regras claras para esse uso, coisa que o Brasil ainda não tem de forma oficial. Isso porque não há uma lei federal específica que regulamente o uso de animais de laboratório.
Um projeto de lei sobre o assunto tramita há 12 anos na Câmara dos Deputados, sem nunca ter entrado em votação.
Com isso, a função de estabelecer parâmetros para a prática fica a cargo das comissões de ética de universidades e instituições de pesquisa. Caso esses órgãos não tenham sido instituídos, as decisões cabem a cada cientista individualmente.
Isso faz com que os conceitos sobre o tema sejam vagos, ainda que eles existam. O Cobea (Colégio Brasileiro de Experimentação Animal) é uma das instituições que estabelece as regras e limites para o uso dos bichos para pesquisas.
Entre as normas estabelecidas pela instituição está a aplicação de analgésicos ou anestesias que aliviem o desconforto das cobaias durante o procedimento. Elas também devem crescer e se desenvolver em ambientes seguros, limpos, com temperatura e umidade adequadas.
Esses preceitos não servem apenas para conferir dignidade ao animal, mas também para garantir a exatidão da pesquisa. "A dor ou o estresse podem afetar o experimento. É preciso evitar isso para que os resultados sejam precisos", explica Marcel Frajblat, presidente do Cobea.
Apesar dos cuidados, ele admite que, em alguns casos, é impossível evitar que os animais sofram. Isso ocorre, por exemplo, em testes de cicatrização ou em procedimentos em que haja a necessidade de simular enfartos para analisar o processo de recuperação cardíaca.
Caso os bichos sofram danos muito sérios durante as experiências, a instituição recomenda que eles sejam sacrificados por métodos indolores.
Segundo Frajblat, é também essencial que sejam feitos cálculos antes do início da pesquisa, para que se possa utilizar o menor número de bichos possível. "Tem que colocar na balança e avaliar os benefícios que aquele experimento pode trazer para a ciência e os possíveis danos causados aos animais", afirma.
Deve-se analisar também a existência de métodos alternativos para a pesquisa. Entre os mais utilizados estão as experiências in vitro, em que os cientistas aplicam certas substâncias apenas sobre células, e não nas cobaias, e analisam os resultados.
Há também alternativas para a realização de testes de produtos, principalmente no setor de cosméticos. De acordo com o presidente do Cobea, há inclusive fabricantes de filtro solar que estão testando o produto diretamente em voluntários humanos.
No setor de ensino já há uma redução considerável no número de cobaias utilizadas, que estão sendo trocadas por softwares que simulam situações de dissecação e processos cirúrgicos, por exemplo.

Perguntas feitas em aula:

1) Como a biologia pode ajudar o Brasil?
R: A biologia pode ajudar o Brasil, com o desenvolvimento de novas tecnologias ligada a genética, produção de energia, novos combustíveis, alem de ajudar na conservação da flora e da fauna do país. O biólogo pode também iniciar projetos de educação ambiental, afim de orientar a população para uma vida mais saudável e sustentável.

2) Como gerar empregos com a biologia?
R: A biologia é uma área muito ampla que pode e deve estar relacionada em qualquer empresa ou empreendimento.

3) O que é ética ambiental?
R: Podemos definir Ética Ambiental como uma conduta de comportamento do ser humano com a natureza, cuja base está na conscientização ambiental e no compromisso preservacionista, onde o objetivo é a conservação da vida global.

4) Qual a importância da paz para a conservação?
R: Paz lembra equilíbrio. Sem o equilíbrio entre os componentes que integram a vida, não se tem ordem e estabilidade no ambiente.

5) Qual o papel do biólogo na construção de uma sociedade sustentável?
R: Pelo fato do biólogo estudar a vida é seu dever instruir as pessoas a terem uma vida mais saudável e que seja menos prejudicial ao meio ambiente, unindo qualidade de vida e preservação do meio ambiente.

6) O que você entende por cidadania planetária?
R: A cidadania planetária é a idéia que diz que o homem faz parte na natureza e não dono dela. As pessoas devem pensar mais em um todo e não individual, pois não vivemos sozinhos no planeta. Nossas ações, em relação ao meio ambiente, se refletem em todo o mundo. Nós e o planeta somos um e se o prejudicarmos estaremos nos prejudicando.

7) Como gerar 10 milhões de empregos sem degradar o meio ambiente?
R: O governo deveria pensar em primeiro lugar em qualificar os jovens, pois não há como gerar 10 milhões de empregos sem ter mão de obra qualificada.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Relatório da aula de zoologia.

Hoje no dia doze de junho a aula de zoologia foi um vídeo falando da vida dos platelmintos.
Segundo o vídeo os platelmintos foram os primeiros predadores que aparecerão na terra. Eles possuem o primeiro sistema nervoso encefalizado, que é distribuído por todo o corpo do animal, permitindo a contração muscular e a movimentação desses seres.
Seu deslocamento na terra se dá por meio da movimentação de cílios que impulsionam o animal sobre uma gosma que o próprio animal produz e na água ele nada com contrações musculares. Além disso os platelmintos marinhos tem cores muito vivas, que indicam, para os predadores, que não são comestíveis.
Também citado no filme, os platelmintos encontraram na Escócia em ambiente muito favorável para viver, o solo é úmido, há muitas pedras e alimento. A planária se tornou uma praga, pois elas se tornarão predadoras das minhocas da região em que estavam. Alguns platelmintos são hermafroditas e na hora da reprodução dois seres de mesma espécie podem se fecundar mutuamente.

Comentário sobre o blog Akatu.

A matéria sobre a reciclagem de garrafas PET, que está no blog da Danny é muito interresante pois oferece uma alternativa para a diminuição da poluição por esse material que demora anos para se desfazer no meio ambiente. Essa alternativa também gera empregos e uma nova opção de matéria prima para os fabricantes de embalagens.

Tribo Kaiapó

Nomes alternativos: Xikrin, Txhukahamai.
Auto-denominação: Mebêngôkre.
Classificação lingüística: Macro-Gê, Gê, Kayapó.
População: 5.000
Local: Parque Xingu, Mato Grosso, sul do Pará. 9 aldeias.

Kaiapó, ou Kayapó, ou Caiapó. Povo de língua da família Jê. Distribuem-se por 14 grupos, num vasto território que se estende do sul do Pará ao norte do Mato Grosso, na região do rio Xingu. Os grupos são: Gorotire, Xikrin do Cateté, Xikrin do Bacajá, A’Ukre, Kararaô, Kikretum, Metuktire (Txucarramãe), Kokraimoro, Kubenkrankén e Mekragnoti. Há indicações de pelo menos três outros grupos ainda sem contato com a sociedade nacional.

Antigamente os Kayapó eram considerados uma tribo muito belicosa e agressiva morando no sul do Pará e norte de Mato Grosso, vagueando por um território vasto desde a margem leste do Xingu até o Tapajós. A parte oriental da tribo foi pacificada por volta de 1940, e a parte ocidental na década de 50, pelos irmãos Villas Boas. Eles guerreavam com tribos vizinhas como Karajá, Juruna, Xavante, Tapirapé, Kreen-Akorore e outras, como também ribeirinhos, seringueiros e outros no local. Eles matavam, tocavam fogo nas aldeias e vilarejos, roubavam e sequestravam.

Alguns dos cativos ainda hoje estão vivos, integrados na sociedade Kayapó, casados com filhos e netos. Além de guerrear com não-Kayapó, eles também praticavam guerra interna, com aldeias diferentes atacando e se matando umas as outras. Hoje em dia não tem mais guerra interna, nem guerra contra outras tribos, porém eles insistem em sua natureza belicosa, pois atacam aqueles que invadem suas terras.

Alguns aspectos distintivos da cultura Kayapó são os bodoques que os homens costumavam usar e ainda são usados por alguns, embora a nova geração não continue a praticar. Outro aspecto é a pintura corporal, uma coisa muito bonita, feita com linhas geométricas e intricadas. Crianças e adultos de ambos os sexos costumam usar. As primorosas festas constituem outro aspecto muito interessante. Estas festas chegam ao clímax, depois de um período de meses, durante o qual cada ritual se adere minuciosamente com suas canções, danças e cerimônias especiais próprias para aquela festa. A língua tem 17 vogais e 16 consoantes, e padrão distinto de entoação e vogal prolongada para dar ênfase.

Explorando a riqueza existente nos 3,3 milhões de hectares de sua reserva no sul do Pará - especialmente o mogno e o ouro -, os caiapós viraram os índios mais ricos do Brasil. Movimentam cerca de U$$15 milhões por ano, derrubando, em média, 20 árvores de mogno por dia e extraindo 6 mil litros anuais de óleo de castanha. Quem iniciou a expansão capitalista dos caiapós foi o controvertido cacique Tutu Pompo (morto em 1994). Para isso destitui o lendário Raoni e enfrentou a oposição de outro caiapó, Paulinho Paiakan. Ganhador do Prêmio Global 500 da ONU, espécie de Oscar ecológico, admirado pelo príncipe Charles e por Jimmy Carter, Paiakan foi acusado do estupro de uma jovem estudante branca, em junho de 1992. A absolvição, em novembro de 94, não parece tê-lo livrado do peso da suspeita. Paiakan - mitificado na Europa, criminoso no Brasil - é uma contradição viva e um símbolo da relação entre brancos e índios.

Sugestões para Minc:

  • Fazer uma fiscalização mais rigorosa.
  • Estabelecer um controle rígido em relação ao desmatamento floresta amazônica e em todos os biomas brasileiros.
  • Fazer as leis ambientais serem cumpridas.
  • Fazer um controle na nas fronteiras agrícolas.
  • Obter novas formas de geração de energia sem ser por Angra 3 ou construção de novas hidrelétricas.
  • Lutar pela construção novas estações de tratamento de esgoto e ligar os esgotos das casas próximas com a estação, afim de melhorar o saneamento básico da população. Com isso conseguiria diminuir o número de doentes nos hospitais públicos e diminuiria a poluição de rios, mares e lagoas.
  • Incentivar a reciclagem de lixo.

Leonardo Boff

Leonardo Boff nasceu em Concórdia, Santa Catarina, aos 14 de dezembro de 1938. É neto de imigrantes italianos da região do Veneto, vindos para o Rio Grande do Sul no final do século XIX.Fez seus estudos primários e secundários em Concórdia-SC, Rio Negro-PR e Agudos-SP. Cursou Filosofia em Curitiba-PR e Teologia em Petrópolis-RJ. Doutorou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de Munique-Alemanha, em 1970. Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959.
Durante 22 anos, foi professor de Teologia Sistemática e Ecumênica em Petrópolis, no Instituto Teológico Franciscano. Professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e Heidelberg (Alemanha).
Esteve presente nos inícios da reflexão que procura articular o discurso indignado frente à miséria e à marginalização com o discurso promissor da fé cristã gênese da conhecida Teologia da Libertação. Foi sempre um ardoroso defensor da causa dos Direitos Humanos, tendo ajudado a formular uma nova perspectiva dos Direitos Humanos a partir da América Latina, com "Direitos à Vida e aos meios de mantê-la com dignidade".
É doutor honoris causa em Política pela universidade de Turim (Itália) e em Teologia pela universidade de Lund (Suécia), tendo ainda sido agraciado com vários prêmios no Brasil e no exterior, por causa de sua luta em favor dos fracos, dos oprimidos e marginalizados e dos Direitos Humanos.
De 1970 a 1985, participou do conselho editorial da Editora Vozes. Neste período, fez parte da coordenação da publicação da coleção "Teologia e Libertação" e da edição das obras completas de C. G. Jung. Foi redator da Revista Eclesiástica Brasileira (1970-1984), da Revista de Cultura Vozes (1984-1992) e da Revista Internacional Concilium (1970-1995).
Em 1984, em razão de suas teses ligadas à Teologia da Libertação, apresentadas no livro "Igreja: Carisma e Poder", foi submetido a um processo pela Sagrada Congregação para a Defesa das Fé, ex Santo Ofício, no Vaticano. Em 1985, foi condenado a um ano de "silêncio obsequioso" e deposto de todas as suas funções editoriais e de magistério no campo religioso. Dada a pressão mundial sobre o Vaticano, a pena foi suspensa em 1986, podendo retomar algumas de suas atividades.
Em 1992, sendo de novo ameaçado com uma segunda punição pelas autoridades de Roma, renunciou às suas atividades de padre e se auto-promoveu ao estado leigo. "Mudou de trincheira para continuar a mesma luta": continua como teólogo da libertação, escritor, professor e conferencista nos mais diferentes auditórios do Brasil e do estrangeiros, assessor de movimentos sociais de cunho popular libertador, como o Movimento dos Sem Terra e as comunidades eclesiais de base (CEB's), entre outros.
Em 1993 prestou concurso e foi aprovado como professor de Ética, Filosofia da Religião e Ecologia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Em 8 de Dezembro de 2001 foi agraciado com o premio nobel alternativo em Estocolmo (Right Livelihood Award).
Atualmente vive no Jardim Araras, região campestre ecológica do município de Petrópolis-RJ e compartilha vida e sonhos com a educadora/lutadora pelos Direitos a partir de um novo paradigma ecológico, Marcia Maria Monteiro de Miranda. Tornou-se assim ‘pai por afinidade’ de uma filha e cinco filhos compartilhando as alegrias e dores da maternidade/paternidade responsável. Vive, acompanha e re-cria o desabrochar da vida nos "netos" Marina , Eduardo, Maira, Luca e Yuri.
É autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística. A maioria de sua obra está traduzida nos principais idiomas modernos.

Antropocentrismo e Biocenmtrismo.

Desde a Idade Média o homem vem tendo a idéia de ser o centro do universo, que os recursos naturais foram feitos exclusivamente para suprir as suas necessidades. Muitas pessoas acham que os vegetais fazem a fotossíntese (processo que retira CO2 e bota O2 na atmosfera) para renovar o ar que respiramos e poluímos. Poucos sabem que o O2 que o vegetal libera é um resultado final de um processo químico que não tem mais utilidade para a planta.
O antropocentrismo ainda é muito forte na cabeça da população mundial, esse é fato é notado com uma simples observação de como os seres humanos tratam a natureza. Neste caso a função do biólogo seria tentar implantar, através da educação ambiental, a idéia do biocentrismo (ideia de que todas as formas de vida são igualmente importantes), pois como profissional que estuda a vida em sua totalidade deve sempre proteger o meio ambiente.