segunda-feira, 26 de abril de 2010

Biocombustíveis

24 / 04 / 2010 Biocombustíveis causam quatro vezes mais emissões de CO2
que a gasolina comum
Por clipping

O impacto analisado pelo estudo da Comissão Europeia não leva apenas
em conta a queima do combustível, mas todo o processo envolvido na
produção

Combustíveis feitos a partir de soja têm o poder de causar quatro
vezes mais impacto no ambiente que a gasolina ou diesel comum. A
novidade faz parte de um relatório da Comissão Europeia, segundo o
jornal Telegraph de quinta-feira (22).

A emissão quatro vezes maior de CO2 (dióxido de carbono), um dos
principais gases responsáveis pelo efeito estufa, é mais uma polêmica
que envolve a produção de biocombustíveis. Esse tipo de produto é
considerado por muitos especialistas como responsável por provocar
escassez de alimentos nos países onde as áreas de plantio para arroz e
trigo passaram a ser substituídas por campos de soja ou cana-de-
açúcar.

O problema se agrava nos Estados Unidos porque a terra usada na
produção de soja para alimentação animal está sendo agora ocupada com
foco na demanda pelos biocombustíveis, fazendo com que sejam
necessárias mais espaços para o plantio em grandes países
exportadores, como o Brasil.

As menores emissões indiretas são as que acontecem a partir do
bioetanol feito com cana-de-açúcar ou beterraba e óleo de palma do
sudoeste asiático, mas mesmo assim causam danos por muitas vezes
estarem ligadas ao desmatamento.

O relatório indica que o assunto é complexo e exige mais análises, mas
Kenneth Richter, da ONG (Organização Não Governamental) Amigos da
Terra, a conclusão é que os biocombustíveis não são a resposta para
combater as alterações climáticas. “A maioria dos processos usados na
produção dos biocombustíveis produz mais emissões que os combustíveis
fósseis, portanto as ações que estão em curso na Europa deveriam ser
feitas de maneira diferente.”

A União Europeia estabeleceu uma meta de substituir pelo menos 10% dos
combustíveis mais comuns por aqueles baseados em fontes renováveis até
2020. (Fonte: Portal R7)